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Juliana Motter – A mulher por trás da primeira brigaderia gourmet do Brasil






Talvez o doce mais brasileiro que temos seja o brigadeiro. É o primeiro que a maioria de nós apresenta para aquele turista que desembarca no país louco para conhecer as nossas novidades. Também é ele que costumeiramente encabeça a lista de guloseimas necessárias para que qualquer comemoração aconteça, seja ela um aniversário de criança ou de um adulto, um amigo oculto ou até a troca de emprego.

É difícil dizer ao certo porque isso acontece, mas é provável que o segredo da atratividade do brigadeiro se concentre na simplicidade do seu preparo e no seu inigualável sabor, sempre capaz de ativar as memórias mais queridas e ternas quando consumido. A mistura base de chocolate, leite condensado e manteiga desperta em quase todos uma sensação de gostosa de nostalgia, que automaticamente nos remete a ocasiões de união e alegria, onde esse docinho costumeiramente está presente.

Foi pensando nisso que a paulistana Juliana Motter resolveu largar a vida de jornalista e criar o primeiro ateliê especializado em brigadeiro no Brasil, o Maria Brigadeiro. O nome foi inspirado no apelido que ela recebeu ainda na infância, quando aos sete anos de idade começou a reclamar do sabor dos exemplares do doce que lhe ofereciam em outros lugares. Incentivada a então fazer os seus próprios com a ajuda da avó preparou a sua primeira panela e depois disso não largou mais essa pequena delícia.




Empreendendo através das lembranças da infância





Durante muito tempo o doce foi apenas um hobby, uma forma de presentear amigos e de se mimar nos dias mais estressantes do mês – a terrível TPM inclusive foi inspiração para um dos produtos mais vendidos de sua brigaderia, uma caixinha que promete amenizar rapidamente os efeitos e encher a “paciente” de alegria instantânea. A carreira no jornalismo era o que ela pensava que levaria para sempre, até que teve que lidar com uma dor irreparável: a morte de sua mãe.

Foi inevitável não rever valores e objetivos de vida a partir de então. Buscando retomar as lembranças familiares e fazer de seu maior prazer o seu ganha pão oficial ela começou a correr atrás. Juliana se formou em Gastronomia e começou a buscar cursos voltados para o brigadeiro, mas não achou nenhum. Ouviu de uma professora que não tinha o que se inventar naquele doce tão popular. Certa de que naquela mistura simples havia um enorme potencial ela mesma foi para cozinha. Sozinha criou mais de 40 sabores diferentes para a guloseima favorita dos brasileiros.

O que diferencia o brigadeiro gourmet de um brigadeiro comum, feito preguiçosamente em casa? Motter é categórica em afirmar que no modo de preparo as mudanças são nulas, mas a variação que valoriza o doce se dá na escolha de ingredientes de altíssima qualidade. Com produtos mais naturais e selecionados, como um chocolate belga, uma excelente manteiga e um leite condensado de ótima procedência é possível produzir um doce que transcende as festinhas infantis e se encaixa nas ocasiões mais sofisticadas.



Essa crença de Juliana tem se provado tão verdadeira que é notória a explosão de ateliês de brigadeiros gourmet por todo o país. Ela foi a pioneira, mas hoje encontramos na maioria das cidades pelo menos uma brigaderia que inspirada em seu exemplo tenta transformar a delícia desse doce em algo ainda mais rico e versátil, transformando-o em um orgulho nacional ainda maior. Com sua dedicação, criatividade e foco em um sonho de criança Motter está modificando várias diretrizes da culinária, e modificando o seu caminho transformou a estrada de muitas outras vidas!

No vídeo abaixo conta um pouco da sua ligação com o doce, explica os valores de seu ateliê e mostra para nós como o brigadeiro modificou os rumos da sua história!



Todas as fotos © Maria Brigadeiro

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